A Folha bem que tentou transformar a tragédia do Nordeste em campanha publicitária tucana contra Lula. Na visita do Presidente às áreas inundadas, a esperança da mídia demotucana era colher uma foto, um tropeço, um protesto que pudesse abafar a fogueira eleitoral onde queima a batata-doce indigesta em que se transformou a candidatura José Serra. O que aconteceu foi o oposto, um fenômeno de liderança que os jornais esconderam nas entrelinhas com indisfarçável má vontade:aspas para matéria da Folha cuja manchete --pasmem-- era a presença de Collor na comitiva de dezenas de pessoas que acompanharam Lula nas regiões devastadas de PE e AL: '... Lula ouviu pedidos para que entrasse em casas arrasadas. Pediu então um par de botas para caminhar pelas ruas com lama. Moradores o abraçavam e pediam ajuda. Muitos choravam. O presidente se emocionou[ ... ] No carro, ele continuou vistoriando a cidade, como se comandasse uma carreata -atrás seguiam veículos da comitiva e da polícia. Os moradores aplaudiam e gritavam que ele era o presidente "que bota o pé na lama".[em AL] Lula visitou a Ilha de Angelita, uma das áreas mais atingidas. Para chegar lá, equilibrou-se sobre um mureta de 40 cm de largura, a dois metros de altura.Centenas de pessoas corriam atrás dele, gritando por seu nome e tentando tocá-lo...' Em tempo: hoje, pela manhã, Lula cancelou viagem ao Canadá, onde participaria da reunião do G--20, para coordenar pessoalmente a ajuda ao Nordeste.
(Carta Maior e a mídia demotucana que arde na fogueira de São João, onde queima o projeto conservador de volta ao poder liderado por Serra; 25-06)
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