quarta-feira, 3 de março de 2010

Assentados de Hulha Negra querem estradas melhores

Abaixo segue uma reportagem feita pelo jornalista Claudio Falcão do jornal minuano (www.jornalminuano.com.br) sobre uma manifestação dos assentados por estradas.
Como Hulhanegrense, não posso deixar de registrar este fato lamentavel, que a falta de estradas em Hulha Negra. Alias tem lugares que a 4 quilometros da sede do municipio já não tem mais estrada, imaginem então a 30, 40, 50 quilometros. Mas o que esperar de uma administração que a mais de 2 dois anos não consegue concluir 800 metros de calçamento na sede do municipio? E enquanto isto os caminhões que vieram para fazer estradas para os assentamentos onde estão? Com a palavra o senhor prefeito, que alias por ocasião de sua 1º candidatura a vereador tinha como lema de campanha "A qualidade da estrada é que vai determinar a velocidade do progresso" se seguir assim o "progresso" não vai querer nem entrar em Hulha Negra.



Ontem à tarde, no interior de Hulha Negra, um grupo de cerca de 50 agricultores dos assentamentos do município iniciaram uma marcha em direção à prefeitura.
Bosco
ACAMPADOS: manifestação pacífica

O fato, por se tratar de assentados ligados ao MST, gerou mobilização de efetivos da Brigada Militar. A presença dos policiais militares se devia à segurança coletiva e à prevenção de incidentes. O grupo é formado por representantes de mais de 20 comunidades que habitam assentamentos em regiões isoladas nos limites com Aceguá. A marcha foi iniciada ontem com o objetivo de chegar hoje à prefeitura de Hulha Negra, onde os manifestantes pretendem conversar com o prefeito Renato Machado. O grupo se dispôs a pernoitar às margens da estrada, nas proximidades do Passo do Neto. De acordo com um dos representantes dos agricultores, Mário Vodzik, uma reunião com o prefeito Machado já havia sido agendada para a semana passada. O encontro previa seis assentados representantes das comunidades. Causou surpresa a eles o aparato de segurança montado pela BM. “Tinha uma porção de viaturas pela estrada, outras na frente da prefeitura”, comentou Vodzik. “Nos sentimos ofendidos e humilhados”, completou Ildo Pereira, outro representante dos assentados. Foi a partir desse fato anterior que resolveram se mobilizar e marchar rumo à prefeitura. Os representantes dos agricultores disseram que a marcha é pacífica e não há intenção de invadir a prefeitura. “Vamos chegar lá na frente e só saímos com uma solução”, avisaram. Segundo eles as condições das estradas daquela região beiram o absurdo. Existem comunidades isoladas há meses e as crianças precisam fazer a pé, diariamente, de oito a 10 quilômetros para chegarem à escola. Ainda conforme os manifestantes, a produção de leite dos assentamentos também é muito afetada pela má conservação das estradas. Essa situação se arrasta por mais de um ano disseram eles. Outro assentado, Valter Moraes, disse que existem crianças com 12 anos nos assentamentos que não conhecem patrola, numa alusão ao tempo decorrido da última manutenção.

O que disse o prefeito
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A reportagem encontrou o prefeito Renato Machado em frente à prefeitura. Ele disse que vai receber os manifestantes “com toda a certeza”. Quanto ao sentimento de humilhação e ofensa disse não ter o que fazer a respeito pelo fato de que a presença da BM não foi solicitada por ele. Quanto ao fato da precariedade das estradas, Machado reconhece a situação e as dificuldades decorrentes. “Mas volto a afirmar que a prefeitura não tem verbas federais ou estaduais à disposição (em conta) para promover a manutenção dessas estradas”. O prefeito revelou que o poder público tem R$300 mil para a reconstrução de uma ponte no assentamento do Arvoredo e cerca de R$15 mil para licenciar a cascalheira. Disse também que a ponte ainda não foi licitada a pedido do Incra. “Segundo o Incra, a ponte foi construída pelo Exército e sua reconstrução ainda seria de responsabilidade militar”, acrescentou Machado. Com o licenciamento da cascalheira a manutenção das estradas deverá ganhar novo fôlego.

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